Páginas

domingo, 20 de novembro de 2011

Um Ultimato a Reflexão

                                             Diário de um Ilusionista                    








Sinto-me sendo jogado da ponta de um penhasco,
Não tenho mais chão.
O fundo mesmo que ficando próximo,
Parece tão distante quanto estou ficando da felicidade.
Os momentos de nirvana,
Ah, Como me lembro,
Traziam-me a um momento de mais puro ecstase.
Agora encontro-me em um lugar onde o frio toca minha nuca,
E gela cada pelo do meu corpo.
Esse frio não é bom,
Ele mistura a sensação de solidão,
Com a da decepção de ter acreditado em vão em algo.
Eu lutei,
E como eu lutei.
Acreditei em mentiras verdadeiras,
E criei verdades mentirosas.
Tentei fazer com que meu mundo fosse melhor,
Pra não mais encarar o pior.
Pela situação em que me encontro,
Percebe-se que não deu muito certo.
Eu errei,
Ao perceber que você errou e não tomei nenhuma providência sequer.
Eu fracassei,
Acabei sendo passivo,
E assisti a vida me bater sem eu sequer poder me mexer.
Caindo nesse abismo,
Desejo por às vezes,
Que esse fundo chegue logo e acabe com o que aos poucos é tirado de mim,
Minha vida.
Mas acho que vou tentar me agarrar a uma raiz amostra ao solo,
Subir,
Dar a volta por cima,
E jogar moralmente aquele que me acertou com o ódio,
No mesmo precipício em que fui fisicamente jogado.
Até porque a melhor vingança a quem quer ver minha derrota,
São meus momentos de glória.



                                             Diário de um Ilusionista                    

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário!

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.